Toda lagarta deve entrar em reflexão profunda dentro de si mesma antes de se tornar borboleta. Assim também é o ser humano!
Compartilho aqui, algumas das minhas reflexões!

domingo, 27 de março de 2011

O mestre e o caranguejo

Ontem, num curso que colaboro chamado NUDHES (Núcleo de Desenvolvimento Humano Extra-Sensorial e Sensorial), discorremos sobre a Força em Domínio chamada CONCENTRAÇÃO! Hoje, ao pensar em publicar no Blog, lembrei dessa mensagem que havia escrito no ano passado. Segue abaixo!


Um mestre e seu discípulo caminhavam na beira da praia, próximos a uma rua movimentada, cheia de carros e pedestres. Num determinado momento, o mestre viu um caranguejo que caminhava sobre o acostamento do asfalto. Imediatamente, o mestre dirigiu-se ao caranguejo e olhou para ele. O discípulo foi pego de surpresa e não entendia a intenção do mestre.
O mestre então abaixou-se e tentou pegar o caranguejo com a mão, mas percebeu que seria uma tarefa difícil pois o caranguejo fugia ou tentava “abocanhar” seu dedo a cada tentativa. O mestre ficou meio agachado, rodeando o caranguejo por todos os lados, tentando fazê-lo parar de fugir, mas ele teimava em fugir e atacar.
A essa altura, alguns transeuntes observavam a cena de longe e muitos riam ao ver um homem correndo atrás de um caranguejo. O discípulo, tomado pelo sentimento de raiva, não sabia se observava as tentativas do mestre ou olhava para as pessoas a rirem, pensando no que dizer para que elas se afastassem e deixassem o mestre fazer seu trabalho em paz. A dúvida também o atormentava: O que será que o mestre quer com um caranguejo?
O mestre então tirou a camisa e jogou-a sobre o caranguejo. Pegou a camisa com o caranguejo dentro e dirigiu-se à praia. Lá chegando, ainda sob os olhares de muitas pessoas, colocou o caranguejo próximo à água. O caranguejo ainda o olhou “armado”, pronto para atacar. Depois virou-se e dirigiu-se à água.
O mestre voltou da praia e muitas das pessoas já haviam parado de olhar a cena. O discípulo veio correndo ao encontro do mestre e, curioso, perguntou:
- Mestre! Porque fizeste isso? Sei que não é uma emoção boa de se ter, mas morri de raiva com as pessoas rindo do senhor.
- Meu filho! – respondeu o mestre – Muito bom que as pessoas riam da bondade e caridade humanas. Lamento apenas que, por falta de prática, não tenhamos tantos motivos para rir assim.
O discípulo refletiu sobre as palavras ditas e, num súbito, passou a sentir uma angústia irreparável. Uma sensação de peso, como se alguém muito querido estivesse doente e um sentimento de impotência o tomasse como uma torrente de cachoeira caindo sobre sua cabeça. Vários pensamentos de situações em que ele percebeu, em milésimos de segundo, como as pessoas estavam agindo no dia-a-dia, mas que, talvez por falta de vontade, ele quis entender aquilo como natural, pois era tão comum que não podia ser tão errado.
O mestre, percebendo a angústia do discípulo, falou:
- Filho! Agora que refletistes, deves ter percebido a intenção de minha atitude. Não há motivação maior que o exemplo. No nosso dia-a-dia, encontramos vários caranguejos andando por aí a esmo. A grande maioria deles não sabe o que faz e muito menos para onde está indo. Por isso mesmo, vivem apressados, tentando chegar a um lugar que não saberão onde é quando lá chegarem. E, não raro, lutam para permanecerem onde estão, por medo de mudarem de lugar ou receio do auxílio dos homens de boa vontade. Porém, a bondade e a caridade humanas são as armas que um verdadeiro guerreiro da luz deve usar, no sentido de alertar, advertir e aconselhar aqueles perdidos na ignorância da realidade e, até mesmo, se não perceberem que estão caminhando para a morte certa, deve-se jogar sobre eles o manto da realidade e mostrá-los finalmente, que o universo abarca homens que, por puro amor à perfeição da vida, insistem em ser mais que comuns. 

segunda-feira, 7 de março de 2011

Quebra de paradigmas!

Caros amigos,

Uma vez que terminei de contar minha jornada, tenho postado pouco aqui. Vou fazer um esforço para postar mais. As reflexões são muitas. Realmente, a gente não para de crescer e evoluir nunca. Mas tenho percebido que algo necessário e indispensável para que essa evolução ocorra de forma sutil, sem mágoas ou machucados, mais rápida e abreviadamente é a flexibilidade. No universo há tudo, rigidez e flexibilidade. Mas exalto a flexibilidade, pois o nosso planeta tem sofrido com a rigidez exacerbada de suas convicções e condicionamentos. Afirmamos aos quatro ventos coisas que ouvimos na esquina, num bar ou num salão de beleza.
 Mas o pior não é isso, o pior é defendermos com unhas e dentes convicções que nem chegamos a refletir. Verdades que nos foram reveladas, mas nunca experimentadas. Quantas vezes nós já ouvimos: - "Não existe felicidade! Só existem momentos felizes!"
E muitos de nós vivem repetindo estes dizeres como se fossem verdades comprovadas em laboratório. Como podemos afirmar que algo não existe se não comprovamos a sua inexistência ou a existência de algo que a substitua? A meu ver, é o mesmo que dizer a um índio que viveu toda sua vida na floresta amazônica sem nunca ver televisão que existe um lugar onde o mato não cresce e a temperatura é muito fria a ponto de só existir gelo. Se esse índio agir como a maioria do planeta age, primeiro ele nem saberá o que é gelo! Segundo que ele provavelmente não acreditará em você, pois o que você está falando não fez parte da experiência dele. É o inusitado, o novo. Nossa mente não está acostumada ao novo. Ela quer sempre dar um sentido já conhecido ao que entra em contato. Quer dar nome às coisas. Mas o nome não é a coisa. É só uma característica atribuída à coisa. E o nome certamente vai limitar o que a coisa realmente é. Vai limitar a realidade a sua capacidade de percebê-la. Vai deixar a realidade rígida, assim como suas ações.
Mas o mundo não é todo rigidez. Pelo contrário, rígidas são apenas as regras que o regem, que são perfeitas, e por assim serem, são imutáveis. Porém, tudo que é regido por estas leis está em constante transformação, em busca de evoluir, chegar à perfeição, à imutabilidade.
Logo, é hora de pararmos para pensar se o problema da felicidade não está em nós e não na felicidade em si. A rigidez está em como compreendemos a felicidade, como a concebemos. Muitos de nós ficam infelizes por que criam uma imagem do que deveriam ser, e quando não conseguem atingir o alvo, acham-se incapazes e têm a sensação de estarem sempre insatisfeitos, pois acham que a imagem que fazem de si mesmos é sempre melhor do que os próprios. Imagem essa que é construída com padrões pré-estabelecidos de beleza, educação, conduta, oratória, moda, etc. O que devemos fazer então? Talvez o melhor seja focar em nós mesmos. Talvez assim percebamos que somos milhões de vezes melhores que a imagem que fazemos que é baseada no senso comum. Sentimos e refletimos pouco, porém criamos pensamentos e ressignificamos demais. Se não houvesse a forma de agir ousada, repensar conceitos e paradigmas, estaríamos até hoje pensando que a Terra é o centro do universo. 
O ser humano foi feito para quebrar paradigmas. Essa Lei sim é imutável. Essa Lei é que deve ser rígida! Sem quebra de paradigmas, não há evolução, só rigidez, estagnação, monotonia, tédio e infelicidade.
Quebre seu paradigma do dia e seja feliz!

P.S.1: Abaixo coloco dois vídeos meio longos, mas que valem bastante a pena para ajudar a repensarmos nossas vidas e termos uma visão do mundo diferente. Não acredite ou desacredite do que você vir nesses vídeos, apenas reflita e sinta. Acredite no que faz sentido para você. Não por que é A ou B falando, ou por que tem título C ou D, ou por que está na moda. A verdade sobre as coisas está mais próxima do que podemos imaginar. Não por que o que se diz nesses vídeos está certo ou errado, mas pelo fato de se questionar o conhecimento pré-estabelecido, ou seja, em busca de quebrar paradigmas! O que não explica, complica! Logo, precisamos de algo que explique. "Conhecei a Verdade e Ela vos libertará!"

P.S.2: Finalmente comecei a escrever meu livro. Espero terminar rápido. Tem mais 03 sinopses feitas na fila. Uma coisa com certeza não vai faltar: reflexão!